segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A vida é contingência

Depois de sacar que, fazendo mestrado aqui, as perguntas são mais importantes que as respostas, hoje me caíram mais duas fichas: a parcialidade e a auto-reflexão (self-reflexivity).

Esses são mais dois daqueles conceitos que até então, para mim, estavam banidos do repertório do pesquisador, que deveria sempre ser imparcial e transparente, ou seja, não "aparecer" e não deixar sua subjetividade fazer parte do seu trabalho. Era assim que eu entendia a pesquisa. E foi assim que ela me foi ensinada.

Pois bem. Aqui, a parcialidade e a auto-reflexão (no sentido de o pesquisador refletir-se no trabalho) não são apenas muito bem-vindas, mas essenciais para um bom trabalho acadêmico.

E hoje, Jeremy Till, professor da faculdade de arquitetura, além de reforçar esses dois pontos na palestra que deu para a nossa turma, trouxe a idéia da contingência na pesquisa. Saí da aula achando que mais do contingência na pesquisa, a vida é contingência. Contingência para aprender e reaprender e para dar conta de tudo que vai surgindo no caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário