quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dor de cabeça? Põe uma touca!



Todo mundo comenta que o inverno ainda não chegou. A moça do tempo, no BBC Breakfast, meu jornal da manhã, não cansa de falar que as temperaturas estão mild (amenas, mais quentes que o esperado) para esta época do ano. Mas o fato é que fui atacada esta semana por uma terrível dor de cabeça, aquelas de tirar o humor de qualquer cidadão.

Na segunda-feira, fomos visitar a HTTP Gallery http://www.http.uk.net/, muito fantástica por sinal, quando na volta, andando até a estação de Manor House, aqui no Norte de Londres, o vento cortante entrou nos meus miolos. Aí, depois daquele frio insuportável, o metrô quente, depois saí do metrô, enfrentei o frio e peguei o ônibus quente de novo! Haja saúde.

Batata. Na terça-feira, vi estrelinhas o dia inteiro, fiquei com um humor péssimo, até que na quarta de manhã me caiu a ficha e, antes de entrar na aula, fiz uma parada estratégica na Topshop (www.topshop.com), que tem uma seção incrível de acessórios.

Saí de lá com duas toucas de lã: uma preta, básica, e uma coral, para aqueles dias mais festivos. Vesti a coral e não deu outra: fiquei quente e de cabeça boa. Agora eu aprendi: touca, luva e cachecol são acessórios indispensáveis para mim. Em resumo: touca tira dor de cabeça e melhora o humor.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Boa história e música idem



Ela chama-se Cambria Goodwin e mora numa cidade que leva o mesmo nome: Cambria (no mínimo, curioso...), que fica na Califórnia. Ele é Van Pierszalowski, também da Califórnia, só que de Oakland. O pai dele tem um barco pesqueiro e ele fica (ou ficava) a maior parte do tempo no Alaska, enquanto ela era padeira. Sim, fazia pães, guloseimas e etc para a comunidade pesqueira.

Eles compunham (sem se encontrar fisicamente), até que resolveram chamar outras pessoas e gravar. Assim surgiu, no ano passado, "All we could was sing", o primeiro disco da banda Port O'Brien, mistura de folk e indie rock, que eu não paro de ouvir. Em turnê pela Europa, eles tocam no Scala, aqui em Londres, na terça-feira que vem.

Em resumo, ela não faz mais pães e ele não fica mais trancado num barco no meio do nada. A vida mudou. Não sei o quanto desta história é fabricada, mas ela me comove, assim como a música que eles fazem. Se foi uma "estratégia de marca", me pegou. Senão, a vida ainda tem solução.

Minhas faixas preferidas: Close the lid e My eyes won't shut.
www.portobrien.com

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Lendo a Stylist no metrô



Toda quarta-feira é dia de Stylist, uma publicação para mulheres, distribuída de graça na porta do metrô. No começo, eu passava batido, até que na semana passada a capa era uma bolsa pink gigante, com a manchete: True love is bag-shaped (o amor verdadeiro tem forma de bolsa, numa tradução literal). Engraçado ver uma capa com a imagem de uma bolsa e mais nada...e dei uma chance.

Naquele mesmo dia, depois de muita teoria pesada na faculdade, voltei para casa lendo a Stylist e tive uma agradável surpresa. Meio revista, meio jornal, ela tem um formato gostoso, é bem escrita, bonita, dosa bem editorial e publicidade e é exatamente a medida para um passatempo descompromissado depois de um dia cheio.

Hoje pela manhã, lá estava eu pegando o meu exemplar da Sylist again. Torci o nariz para a matéria de capa Are you secretly desperate to be a housewife? (Você está secretamente desesperada para ser dona de casa?), mas, no caminho de volta, mais uma vez ela me convenceu.

A matéria trazia o resultado recente de uma pesquisa que mostrava o grande número de mulheres que estão "opting-out", ou seja, escolhendo conscientemente não trabalhar para cuidar da casa, da família etc...a matéria ou a questão em si não vem ao caso agora...o fato é que virei fã da Stylist.

Tentei achar as capas das duas semanas para publicar aqui, mas não consegui porque não dá para copiar do site. Essa aí de cima é meramente ilustrativa. Mas vai lá para ver: www.stylist.co.uk

Curiosamente, as duas capas são pink. Vamos ver na semana que vem. Informação importante: tem a versão masculina também, que chama-se Shortlist. Pelo pouco que vi, parece muito decente. Será que elas dariam no mercado brasileiro?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Chocolate quente de colher

Ainda no circuito Oxford Circus. Segunda-feira, dia 16, depois do almoço, Viviane, minha amiga recifense, e eu fomos tentar um café num lugar que nunca havíamos ido. Chama-se Apostrophe (www.apostropheuk.com) e é bem bonitinho por fora, apesar de eu ter acabado de constatar que o site é medonho...

No entanto, na hora H de fazer o pedido, mudamos de idéia e recorremos a um chocolate quente. E qual não foi a surpresa? Não era simplesmente uma bebida...era um chocolate quente para comer de colher (?!).

E ao nos depararmos com aquela xícara de uma mistura quente, grossa e de chocolate, ficamos rindo à toa...com uma total sensação de surpresa, feito duas crianças que estavam fazendo algo errado, se esbaldando numa xícara de chololate, escondidas da mãe...



Enquanto davas as primeiras colheradas, fiquei procurando no meu dicionário interno o que aquilo poderia ser: sobremesa, pudim, mingau...até que a Vivi deu a melhor definição: é Danette quente. E era.

Ao final, totalmente assoberbada pelo exagero, continuei procurando uma expressão para definir o meu estado. Tentei "overdose", quando, mais uma vez, a Vivi deu a melhor definicão: "drogada, jogada na pista de dança". Bota exagero nisso...



domingo, 15 de novembro de 2009

No meio do caminho tinha um pé de maçã

Ainda na seção de natureza: já faz um tempinho que fizemos esse vídeo. Foi em setembro, logo que chegamos, mas acho que ainda vale compartilhar. A cena se deu no Alexandra Palace, um parque bem legal que fica aqui perto de casa. Era o nosso primeiro passeio lá e o Ian encontrou um pé de maçã. Quer ver?

sábado, 14 de novembro de 2009

Manhã de outono


7h30 da manhã e o meu pequeno jasmim dá sinais de vida. Não sei quanto tempo ele vai durar. Já considero um feito improvável ele dar flor (sim, com o típico perfume de jasmim!) a esta altura do ano, em pleno outono, com temperaturas entre 5 e 10 graus lá fora. Mas dentro de casa é quentinho e minha cozinha, onde ele mora com a orquídea, leva bastante jeito para estufa. O casal parece bem feliz and so I am. Nada como ter plantas em casa...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Os templos da Margaret Street

Passo todos os dias pela Margaret Street, bem no centro comercial da cidade, a 5 minutos da megamovimentada Oxford Street. E é aquela coisa: sempre com pressa, olhando no relógio, mirando o meu destino final no número 32 da Wells Street. Até que esta semana parei em dois locais muito especiais. Lugares do sagrado, da tranquilidade, da paz.

O primeiro foi a All Saints, uma igreja católica, bem simples por fora, mas lindíssima por dentro. Depois de deixar 10 p. para acender uma velinha e fazer uma oração, conversei com a senhora que estava na porta sobre a possibilidade de tirar fotos. Ela disse: "nós vendemos postais, mas caso você dê uma contribuição, não há problema". Mais 10 p. e lá estava eu clicando:









http://www.allsaintsmargaretstreet.org.uk/

Saí encantada com a beleza, que as minhas fotos não deram conta de mostrar. A senhora, gentilmente, me convidou para voltar sempre que eu quisesse. Com certeza.

Atravessei a rua e lá estava o Fo Guang Shan Temple, um templo budista. Eu tinha lido vários textos sobre fotografia e estava no pique de clicar. Subi as escadas, deixei minhas botas na escada, conforme pedia a plaquinha improvisada, e segui de meias.

Entrei no salão principal e ele era assim:


E as duas paredes laterais eram cheias, cheias de Budas, uma loucura.



E nessa toada, em meia hora, descobri dois novos lugares fantásticos nessa cidade. Saquei também que há uma espécie de restaurante vegetariano no subsolo do templo e também uma sala de meditação no segundo andar.


O pessoal que trabalha lá é bem simpático. Eles não vendem postais nem me cobraram nenhuma contribuição. Se quiser, você pode acender um incenso ou comprar velas cor-de-rosa em forma de flor-de-lótus (bem bonitas, mas bem caras: 10 pounds cada).