quinta-feira, 29 de abril de 2010

Histórias da guerra



Fiquei muito emocionada, na quarta-feira desta semana, quando fiz minhas primeiras entrevistas de história oral para um dos projetos para o qual estou trabalhando aqui em Londres. Na verdade, estava bem incomodada em fazer as tais entrevistas. O treinamento em história oral foi bacana, mas me sentia um pouco apreensiva...nada podia sair errado..

Mas quando F. sentou na minha frente tudo mudou. Aos 74 anos, ela me contou a experiência dela usando a Ironmonger Row Baths, um complexo que reúne piscina, lavandeira, banho turco, academia e, na sua fundação, nos anos 30, banheiras. Sim, naquela época, em Londres, as pessoas não tinham banheiras ou chuveiros em casa. E o governo construiu essas "banheiras" públicas para as pessoas se lavarem.

O objetivo do projeto é celebrar a história e a herança cultural desse complexo, em Islington, que será fechado em maio agora e reabirá em 2012, totalmente reformado, para as Olimpíadas.

Aos 9 anos, F. ia com suas irmãs mais novas uma vez por mês para a Ironmonger Row Baths. Era a II guerra. Seu padastro havia morrido na guerra e sua mãe, viúva, trabalhava o dia inteiro para sustentar as meninas. E ela cuidava de suas irmãs. Brincavam de casinha nos escombros da guerra, onde achavam pedaços de louças quebradas.

Ela me contou tudo aquilo com tanta verdade, que fiquei emocionada. Não na frente dela, claro. Mas voltei para casa tomada por um profunda reflexão.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Mães latinas



Todo dia é a mesma coisa. Levo o Ian para escola, fico lá com ele até a hora de ele subir para a classe. Ficamos conversando, dou tchau e desejo boa aula. Antes, eu dava um beijinho e dizia "te amo". Agora, ele me proibiu de fazer essas duas últimas coisas, por vergonha dos amigos. Eu compreendi.

Adriana tem um ritual semelhante. Leva o Robert e fica com ele até o último minuto. Maria, mãe da Ana, também. Ana dá tchau para a mãe, que sempre deseja boa aula para ela.

Ian, Robert e Ana estão na mesma classe, o 4W, na Campsbourne School (na foto). Adriana, Maria e eu, além de termos filhos na mesma escola, somos latinas. Adriana é colombiana e Maria é portuguesa. De todo o resto da classe, só vejo uma mãe irlandesa ter atitude semelhante. As outras, eu nem encontro. Ou os filhos vão sozinhos para a escola ou outra pessoa os leva.

Essa ficha me caiu hoje. Nós, latinas, não somos melhores nem piores. Apenas somos assim, grudadas na nossa cria.

sábado, 24 de abril de 2010

O efeito biblioteca



Uma das coisas chatas de voltar para a faculdade depois das férias é que os assuntos para posts diminuem sensivelmente. Focar no trabalho e pegar firme com Deus nas responsabilidades me faz estar literalmente indoors, mais precisamente em alguma biblioteca (a da faculdade, a British Library ou a do meu bairro) ou em casa, trabalhando, sem ter tantas coisas interessantes para contar...sniff...sniff..sniff

Portanto, não estranhem a minha ausência aqui por uns dias...estou numa daquelas fases de entrega de trabalhos. Agora, são os "finalmente" do segundo semestre: uma essay, uma apresentação, um scrapbook e um relatório. Daí, eu tomo fôlego de uma semana no máximo para mergulhar na minha dissertação. E vamo que vamo.

Do Japão para o Marrocos

Depois da minha incursão pela culinária japonesa, hoje fiquei inspirada pelo mundo árabe e fiz meu primeiro cuscuz marroquino. Ridículo de fácil e delicioso!

Para nos recuperarmos de uma semana punk, a primeira depois de férias, passamos a tarde no meu parque favorito (Hampstead Heath), relaxando, jogando bola e curtindo o sol. Na volta pra casa tive a idéia. Procurei a receita na internet, só para ter uma noção, mas fiz do meu jeito.

Comemos o cuscuz com salada verde mista e tomatinho cereja. Prato ideal para o verão de primavera que estamos vivendo. Ian, para variar, amou e pediu: "você faz isso todo dia?"

sábado, 17 de abril de 2010

Delicadezas de primavera

As flores ainda nem chegaram com tudo, mas tem umas florzinhas amarelas que já estão bombando. Nessa semana, depois que deixei o Ian na escola e vi essa paisagem do Alexandra Palace...


(detalhe: a antena, à direita do prédio, foi a que fez a primeira transmissão de TV do mundo, pela BBC, na década de 30)

Segui um pouco mais pela rua e encontrei esse arbusto, assim:



E mal sabia eu que, chegando em casa, a Lúcia e o Ian iriam me dar esse arranjo tão lindo:

Wabi-sabi



Não tinha idéia do que isso significava, mas descobrir o que é wabi-sabi foi muito relevante para mim. Desde que cheguei aqui em Londres, me liguei na estética "anti", nas meias desfiadas, nas cadeiras gastas, mas não sabia como entender isso. Poderia ser apenas desleixo. E essa hipótese ainda é válida, mas pode ser também que o estilo wabi-sabi esteja falando alto por estas bandas.

Como toda filosofia japonesa, wabi-sabi é bem complicado de explicar e de entender para os padrões ocidentais. O que me salvou foi que encontrei um livro bem simples (e até superfical) que me introduziu à questão. Chama-se "Wabi-sabi for Artists, Designers, Poets & Philosophers", de um cara chamado Leonard Koren, que como diz a contra-capa, "estudou arquitetura, mas nunca construiu nada." Ai...meu Deus...

Daí que, simplificando, o tal pensamento concebe a vida como processo e não como produto acabado e, por isso, entende as imperfeições, como o lábio machucado da menina na foto acima, parte do processo e não quer apagá-las ou escondê-las. Pelo contrário: são elas que legitimam o processo. Wabi-sabi também está ligado à natureza, ao rústico, ao orgânico, ao intuitivo, à crença de que a corrosão e a imperfeição tornam as pessoas e as coisas únicas, originais e autênticas.

A história é longa. Mas até aqui, alguém duvida?

Bye, bye Valerie!



Nesta semana que passou, adorei conhecer um café charmosíssimo no Soho. Já tinha passado algumas vezes na porta do Maison Bertaux, mas nunca tinha dado bola. Preferia a Patisserie Valerie, que é ali perto, na Old Compton street, e também tem o mesmo apelo: cafés franceses que mantêm o clima e a tradição de quando foram fundados, em 1800 e pouco, e muitas tortas e bolas lindos e gostosos.

Mas sinto dizer que os meus dias Patisserie Valerie já eram. O Maison Bertaux me conquistou definitivamente pelo carinho com o qual as duas irmãs, donas do café, me atenderam, e também pelo ambiente interno, todo decorado por elas, no melhor estilo kitsch, que me fez lembrar a mestra Marlene Fortuna e suas aulas sobre o assunto. Olha algumas fotos:







E a cadeirinha gasta do lado de fora:

O feminismo repercutiu



Depois do meu primeiro post sobre feminismo, as queridas Inês Caravaggi e Thereza Martins me escreveram com suas contribuições. Thereza indicou o livro "O Segundo Sexo", de Simone de Beauvoir, e a Inês falou sobre a relevância do movimento, mas lembrou também dos aproveitadores, tanto no plano pessoal quanto no corporativo.

"Uns abrindo mão de suas responsabilidades para entregar nas mãos da mulher todo o peso de conduzir a vida e os relacionamentos (quantas vezes não ouvimos a pergunta: vocês não quiseram assim?). Outros abrindo espaço para a entrada da mulher no mercado como forma de rebaixar salários, reduzir custos", escreveu ela.

Pois bem, na esteira dessas reflexões, sem comentar absolutamente nada com meu professor da Saint Martins sobre feminismo, ele me indica, do nada, para minha pesquisa, uma revista feminista britânica, da década de 70, chamada Spare Rib. Fiquei megasurpresa e, mais uma vez, estou certa que nossos pensamentos movimentam energia ao redor.

Lá fui eu entender a Spare Rib e encontrei uma revista bem articulada, com alguns exageros normais para a época, como esse passo a passo de como consertar uma privada, que me fez cair na risada e lembrar da minha mãe na hora:



Mas, brincadeiras à parte, a Spare Rib era um embrião das revistas femininas que se propõem a discutir aspectos da vida da mulher como família, filhos, trabalho etc, com a diferença de que a mulher daquela época não era vista como símbolo sexual, nem era louca por consumo. Enfim, parecia, nesses dois aspectos, uma pessoa mais equilibrada. Pelo menos essa é a minha opinião.

Quero ser mico de circo



Em primeiro lugar, sim, você está no blog certo. Mudei o layout ontem para dar uma renovada. O modelo não é dos meus preferidos, mas o que foi possível nas poucas opções do blogger. Depois de uma semana de Saint Martins, uma prestigiada faculdade aqui da Inglaterra, vendo e ouvindo um monte de coisas diferentes, meu primeiro impulso foi mudar o que estava mais ao meu alcance. E aí está.

E, falando em Saint Martins, lá fui eu para o tal curso de cool hunting, que havia me inscrito no ano passado, e que durou essa semana toda, full time. O nome pomposo, na verdade, dá conta de uma disciplina que tenta entender como antecipar tendências de consumo, basicamente, por meio de um olhar muito atento a absolutamente tudo a sua volta. Enfim, não vou me alongar aqui nessa história. Prefiro realçar alguns fatos interessantes da semana, que foi cheia, mas me deu um respiro da Westmisnter e dos conteúdos pesados. Vamos aos fatos:

1) A primeira coisa mais interessante foi sacar como a minha cabeça mudou depois desses meses de Cultura Visual e, principalmente, como eu vejo marketing depois de tudo o que li e escrevi.

2) Na minha pesquisa da semana, cruzei com gratas surpresas: a filosofia wabi-sabi, uma revista feminista dos anos 70, duas revistas feitas por coletivos, um café muito bacana no Soho, a descoberta de uma mini-impressora da Polaroid chamada PoGo, entre outras coisas. Conto mais sobre essas coisas em outros posts.

3) Acabei entendendo um pouco mais do anti-estilo (não estilo de moda, mas de ser e de viver) inglês ao focar minha pesquisa em "Imperfeição". O próprio prédio da Saint Martins é um exemplo disso. Localizado na Charing Cross Road, é bem zuado e tem uns cantos como esse aí da foto acima. Eles acreditam que essa bagunça, no bom sentido, tem a ver com criatividade. Vai ver que eles estão certos...

4) A convivência entre gregos e baianos realmente não é fácil. Fazendo mea culpa à minha ascendência espanhola e às amigas de origem italiana, as espanholas e as italianas da minha classe causaram. Discutiam entre elas, não faziam o que tinha para fazer, chegavam atrasadas, queriam aparecer, vexame...

5) Estou bem de curso. Quero ser mico de circo, como diz minha mãe, se eu me inscrever em algum outro curso pelo menos no próximo ano.

domingo, 11 de abril de 2010

Man on Wire



Comentaram na faculdade e eu fui assistir. Man on Wire é um documentário recente, de 2008, que conta a história de como Philippe Petit cruzou a distância entre as duas torres gêmeas, em Nova York, em 1974, em uma corda-bamba. Sim. Ele fez isso. E não tem truque cinematográfico. O cara é doido, e o filme é bem legal.

Em outros tempos, usei muito a analogia da corda-bamba em minhas sessões de terapia. Mas não podia imaginar que alguém pudesse fazer o que Philippe Petit fez. Esse sim é ninja.

Peguei o filme aqui na biblioteca do meu bairro, por £1, para ficar uma semana. Não sei como o título foi traduzido para o português, mas não deve ser difícil achar aí no Brasil.

Um cantinho brasileiro



Tem um lugar que eu adoro em Covent Garden, que é uma espécie de pracinha onde fica a loja da Neal's Yard, uma marca de produtos de beleza natureba tudo de bom, e várias lojinhas e restaurantes legais. Tudo colorido e alto-astral, como na foto acima. Sempre que posso dou um pulo lá, mas nunca havia comido no restaurante/café da Neal's Yard.

Pois bem. Esta semana, resolvi experimentar e qual não foi a surpresa? Na vitrine tinha pão de queijo e, lendo o cardápio, vimos Brazilian Feijoada. Virando a página, encontramos bolo prestígio, suco de caja e por aí afora...

Que o brasil é cool aqui eu já sabia. Mas não imagina que ali naquele miolinho tão moderno de Covent Garden o maior restaurante servisse comida brasileira. Eu fiquei no suco de manga, que estava ok, e não me arrisquei na feijoada ou no strogonoff...

Na hora de pagar a conta, conhecemos Claudete e Hélio, dois brasileiros que gerenciam o restaurante há 18 anos. Muito simpáticos. Olha a fachada do restaurante aí:

A cozinha fácil de Janaína

Sem mama por perto para cuidar do rango e sem orçamento para comer fora sempre, lá estou eu cozinhando todos os dias. Nunca fui expert em cozinha, mas também não me aperto. Fico no trivial simples, cardápio de criança saudável, para satisfazer o paladar do Ian, e estamos passando bem. Não temos do que nos queixar.

Mas esta semana dois novos utensílios estão fazendo toda a diferença na minha cozinha, que é bem modesta e só tem o essencial em termos de equipamentos. Investi £29 em uma panela de arroz e £18 num minichopper e estou megafeliz com eles. Dá um olhada neles aí ao lado das panelas:



A panela prepara o arroz japonês sozinha e me permitiu experimentar fazer o temaki que a Tomi me ensinou. Fui no Japan Center, comprei a alga (nori), o sushinoko, um pozinho que se coloca no arroz e fiz meus primeiros temakis na sexta-feira. Ian se acabou. De entrada, fiz missoshiru, também como a Tomi me ensinou. Sucesso toal. Ian não quer comer outra coisa.

Hoje usei o minichopper pela primeira vez para fazer um farfalle vegetariano, que ficou uma delícia. Invenção minha. Enquanto o macarrão cozinhava (será que já criaram uma máquina de cozinhar macarrão?), coloquei cebola, alho, tomate, cenoura, ervilha, azeitona, salsinha, cebolinha e ovo cozido para picar. Depois do macarrão pronto, refoguei tudo e juntei a pasta. Rápido, fácil, prático e gostoso.

Ian comeu tudo e ainda me incentiva, dizendo que eu deveria abrir um restaurante ;-)

I love Hampstead Heath

Mais um dia de sol e lá fomos nós a Hampstead Heath, um parque gigante e lindo, a 20 minutos da minha casa. Embora ele tenha pelo menos três entradas diferentes e bem longes uma da outra, gosto de ir sempre pela Kenwood House, que, além da mansão linda, com infra de banheiro e café, tem o lago e um mirante, que nos dias claros, como hoje, dá para ver o centro de Londres, como na foto abaixo, embora seja longe.


Depois da maratona de ontem, estava cansada e fiquei deitada na grama, curtindo o sol e entendendo o porquê todo mundo quer mesmo é se banhar de sol assim que ele aparece. Quase seis meses de inverno faz qualquer um, até quem não gosta de se bronzear, como eu, querer um pouco dos raios quentes. Olha eu aí:



E a galera:


Viviane foi conosco e conheceu um dos meus lugares favoritos em Londres. Olha uma das fotos que o Ian tirou da gente:



E a vista do lago, que me acalma:

sábado, 10 de abril de 2010

Show sen-sa-ci-o-nal

Na programação de passeios dessa semana, fui assistir ao show do Port O'Brien, banda dos Estados Unidos, que eu já adorava, mas que fez gostar mais ainda deles depois de vê-los ao vivo. Eles conseguem ser muito melhores ao vivo do que no disco. No Borderline, onde eles tocaram, o som é de primeira qualidade, o público nota 10, tudo perfeito. Um show que, com certeza, não esquecerei, assim como os outros que já assisti aqui.

Viviane me deu o tíquete de presente e também já foi contaminada pela banda. Vive escutando e não cansa. Eles são demais mesmo. Veja um trecho de I Woke Up Today, última música do show.

Lojas queridas

Tem três lojas aqui em Londres que eu simplesmente adoro. São elas a Pop Boutique, a loja da Orla Kiely e a loja da Vivienne Westwood.

A Pop nasceu como uma loja vintage, mas já fabrica algumas peças, que muitas vezes você não sabe se são de segunda-mão ou novas. Curioso. Tem preços super acessíveis e muitos achados. Adoro me perder lá. Essa é a fachada da Pop:



Já a Orla Kiley nasceu como marca de bolsas, mas hoje faz estampas, roupas, acessórios para casa, um monte de coisas super retrô e muito bonitas, além das bolsas maravilhosas. Ela fica na mesma rua da Pop, a Monmouth street, em Covent Garden, só que do outro lado da rua, quase em frente.



E a última, nem por isso menos importante, a loja da Vivienne Westwood, na Conduit street, travessa da Regent, é um desbunde. Não pela fachada, que até é bem simples, como quase todas as lojas aqui, mas pelos produtos e, principalmente, pelos vestidos e bolsas que eu amo. Tanto a Orla quanto a Vivienne não cabem no meu bolso atualmente (um vestido barato custa cerca de 300 pounds), mas adoro passear por lá para me inspirar. Verdadeiros redutos de elegância e bom gosto.

Céu azul e muito verde

A mistura de férias e de tempo bom -- leia-se sol e temperatura de cerca de 16, 17 graus -- estão tornando esses últimos dias muito especiais.

Hoje, um sábado lindo, fomos curtir o nosso bairro, que tem duas atrações incrívies a cinco minutos a pé. A primeira foi a Parkland Walk, a maior reserva natural dentro de Londres (sim, não é exagero!), que é simplesmente o máximo e faz a gente pensar que estávamos em uma floresta ou algo do gênero.

Ian se esbaldou, pegou vários paus, rolou no barranco, curtiu pra caramba. E, além de tudo, em alguns trechos tem uns grafites muito legais, com murais como os da foto abaixo. Fiquei emocionada com o fato de poder andar em um lugar tão bacana, ao lado de casa, e com a maior segurança. Olha as fotos:





Depois da Parkland Walk, fomos ao Priory Park, um parque muito bacana, também pertinho de casa, com uma super infra: quadra, muito, muito verde, café, playground, jardins super bonitos e tudo organizado e limpo. Esse já é velho conhecido do Ian, que sai da escola e vai jogar bola lá com a Lúcia.



Esse negócio azul, bem na frente do café, é uma piscina rasinha, que no verão eles enchem de água. Imagina o sucesso...



Enfim, sábado muito feliz, com sol, céu azul e muito verde. E, para terminar, mais essa vista do Alexandra Palace, outro lugar muito legal aqui perto que eu já falei aqui:

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mais um paradigma por terra


Na linha de reflexão e das mudanças de pensamentos que venho observando em mim, outro assunto que não me apetecia antes era a questão de gênero. Achava babaca a discussão sobre homens e mulheres e, definitivamente, não considerava esse um aspecto relevante para a maioria das questões. Assim como o lance do global e do local, que eu eu escrevi em outro post.

Pois bem. Agora penso diferente e, principalmente, sinto diferente. Estou interessada em entender melhor o que significou e ainda significa o feminismo, um movimento político, social, intelectual sério, que não tem nada a ver com as brincadeiras bobas que fazem por aí, e como isso repercute ainda na nossa vida e, principalmente, na minha vida.

Vou pesquisar mais. Se quiser colaborar, deixe um comentário aqui ou me mande um email.

Bichos reais e imaginários

Na intensa programação de férias, começamos pela Legoland, um parque temático da marca de brinquedos, que fica em Windsor, uma cidadezinha a cerca de uma hora de Londres, que abriga também um dos castelos reais. Dois dias depois, conhecemos o zoológico de Londres, que, inacreditavelmente, está numa região bem central, perto de Candem Town.

Os dois programas foram muito legais, em diferentes aspectos. Na minha perspectiva de uma pessoa de 35 anos, a Legoland é um parque de brinquedos de plásticos, bacana, que não tem músicas altas irritantes e consegue ser instrutivo. Ian amou e certamente tem outra opinião. Brincamos das 10 da manhã às 9 da noite, quando um show de luzes do Ben 10 fechou a noite e o parque.

O zoológico é tudo. Cada animal tem um “habitat” que reproduz de forma bem natural o local de sua origem e não tem cheiro ruim e, o melhor para quem é de um outro continente, tem bichos diferentes: cangurus e penguins, por exemplo.

Mas a ligação entre os dois passeios é que tirei fotos dos bichos de plástico da Legoland e, depois, sem querer, tirei fotos dos mesmos bichos no zoológico. Me dei conta disso quando baixei as fotos no computador. E saquei que fotografei os mesmos bichos porque acho que eles são megacharmosos. Com vocês, os flamingos, que adoro pela cor, e as girafas, que admiro pela elegância.

Os dois em versões reais e imaginárias:







Bossa Nova no trompete

Depois de um intenso mês de março, Ian e eu saímos de férias na sexta-feira passada, dia 2, para o break de Páscoa. Ele terá duas semanas de folga, e eu uma. Mas antes de correr para o descanso, Ian e a molecada da Campsbourne fizeram uma performance musical. A classe dele estava treinando trompete e clarineta. Ele preferiu o trompete. Foi uma graça, no melhor estilo "keep it simple", que eu já comentei aqui no blog.

Atração especial foi uma bossa nova que eles tocaram, apresentada pelo Ian, que falou: "the next song is from Brazil". Veja aí no filminho. O toque brasileiro está lá pelos 3 minutos e pouco...



P.S: não canso de agradecer os amigos e a família que acompanham o blog. É uma delícia saber que vocês estão curtindo. Vou postar mais!