quarta-feira, 24 de março de 2010

Halfway Home


Nesse looonngo mês de março, fez seis meses que estamos aqui e, consequentemente, faltam mais seis para voltarmos para casa. À medida em que começo a colocar no papel minhas últimas essays e aprovo a minha proposta de dissertação, vai dando uma sensação estranha.

Aquele grande, imenso, sonhado, muitas vezes pensado inalcansável projeto entra em sua segunda metade, cada dia mais perto do final do que do começo, me dando sensações distintas: conforme o tempo passa, a saudades da família e dos amigos aumenta, mas também sinto uma certa tristeza em me desconectar daqui.

Gosto das coisas como elas são aqui e, principalmente, me identifico com o modo de pensar e de viver. Mas existe home. E o que é home? É família, é o conforto do conhecido, da língua que se domina nas entranhas e do avesso. E a não home? O desconhecido, o desconforto, o aprendizado.

É por isso que as pessoas aqui aos 18 anos vão morar sozinhas, descobrir e construir suas próprias homes. E as pessoas no Brasil moram na casa dos pais até os 40 para ficar no quentinho. Estou refletindo sobre home. Esse post é isso: um fragmento desse pensamento ainda não construído totalmente.

Talvez, então, devesse existir um lugar que fosse halfway home, meio quentinho, mas que também permitisse aprendizado.

2 comentários:

  1. Saudadinha.... Beijo e boa Pascoa! Érica

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  2. o halfway home é a casa do namorado! você já tem umas roupinhas, pijama e escova de dente lá, mas quando quer vai para o home quentinha da mamãe!

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