sábado, 28 de agosto de 2010

Que cidade é essa?



Nesses dias de férias pós-dissertação e pré-Brasil, fizemos um bate-volta na capital da Bélgica. A decisão pelo destino foi meramente prática: qual o local que não precisaríamos pegar avião, sem ser França, Escócia e País de Gales? Batata: deu Bruxelas.

Sabíamos que a cidade não tinha grandes apelos, mas além da praticidade do transporte, havia também a questão de a Bélgica ser a capital mundial do waffle, um negócio em que a minha irmã é viciada.

E nos surpreendemos: além dos waffles da Juliana, curtimos particularmente a praça principal, que é um tesouro medieval com fachadas do século 12 lindas de morrer, e a área dos prédios que abrigam os escritórios da comunidade européia. Eu tinha muita curiosidade em saber como era tudo aquilo e a minha ilusão dizia que o local era perfeito, numa área super bucólica, enfim, o estereótipo da Europa bem-resolvida.

Pois é, mas era ilusão mesmo. Os prédios da comissão européia, como esse da foto abaixo, ficam plantados numa área cercada pelo bairro de imigrantes turcos/árabes. Bairro simples, gente humilde, que parece ser o resumo de um dos principais problemas da Europa hoje em dia: imigração.



E no espírito de conhecer a cidade não pelos pontos turísticos óbvios, como o tal do Atomium e da mini-Europa (que nem vimos, diga-se de passagem), mas pelo curioso, descobrimos duas coisas muito legais.

Por exemplo, os dois prédios que eram o Congresso, super deteriorados, separados por esse monumento, e que tinham grafites bem interessantes nas laterais. Eu estava passando batido, mas o Ian, com olhos já bem treinados, não deixou escapar.



Outra boa surpresa foi essa instalação, na foto abaixo, que estava em vários pontos da cidade, questionando a vida na cidade que tem hoje 46% de estrangeiros entre os seus moradores (e eu achava que Londres, com seus cerca de 30% de imigrantes, já era muito multi-cultural...). Que cidade é essa: uma vila cosmopolita ou uma cidade de refugiados, lia-se em duas das perguntas.



Vimos várias outras coisas, refleti bastante e voltei para casa, também refletindo, a propósito do momento, qual é a cidade em que fica minha "casa".

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